LEYMEN PÉREZ
( Cuba )
Leymen Pérez Garcia . Poeta cubano e editor com importantes prêmios, sua obra está reunida em antologias em Cuba e em outras partes do mundo.
síntese biográfica
Nasceu em Matanzas em 10 de dezembro de 1976. Estudou em sua cidade natal.Desde muito cedo vislumbrou-se na sua personalidade uma especial atracção pela literatura e um crescente interesse em compor obras que demonstrassem o seu talento e maturidade criativa. Logo se tornou membro da Associação Hermanos Saíz (AHS) e da União de Escritores e Artistas de Cuba ( UNEAC ) de sua província. Atualmente é editor da Ediciones Matanzas e membro do conselho editorial da revista cultural daquela província.
bibliografia ativa
Números de Rubble , Edições Matanzas , 2002. / Parede com gravura de Pollock , Ediciones Matanzas , 2004 / Circo Artesanal , Edicones Ávila, Ciego de Ávila, 2005 / Rachaduras , Edições Aldabon, Matanzas, 2005 / Noise Carver , Reina del Mar Editores , Cienfuegos, 2005 / Transitions , Edições Loynaz, Pinar del Rio, 2006 / Correntes coloniais , Casa Editora Abril , Havana, 2007
Prémios e distinções
Prémio Regino Pedroso, 2004 / Prêmio Cauce , 2004 e 2006 / Prêmio Irmãos Loynaz, 2005 / Prémio José Jacinto Milanés , 2006 / Prêmio Calendário, 2006 / Bolsa de Criação Prometeo da Gaceta de Cuba, 2006 e 2009 / Prêmio Internacional de Poesia Sor Juana Inés de la Cruz , 2022.
TEXTO EN ESPAÑOL - TEXTO EM PORTUGUÊS
NÓS DA POESIA. – volume 8 – Brenda Marques Pena, org. São Paulo, SP: All Print Editora, 2022. 119 p. ISBN 978-65-5822-152-4 Ex. bibl. Antonio Miranda
“Una sociedad se juzga por el estado de sus prisiones.”
Albert Camus
Tu miedo en la celda de mi miedo.
Tu asfixia en la celda de mi asfixia.
El carcelero cerrando los ojos
apagando, encendiendo, apagando,
Fósforos sin cabezas
y nuestros cuerpos esclavizados
por el aire que apenas abrasa,
como en un juego de dolores
donde nada sale y nada entra.
Tu mano en los barrotes de mis manos.
Tu soledad en los barrotes de mi soledad.
Preguntabas por tu madre muerta
y tu madre huía rumbo al poniente.
No sé por qué piensa tú,
recluso que te odio yo,
si somos la misma cosa,
el mismo silencio, yo, tú.
Tu asfixia en la celda de mi asfixia.
Tu miedo en la celda de mi miedo.
Unas veces era el carcelero;
otras, el recluso. Intercambiando
límites, estados en que se encuentra
la prisión.
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
“Uma sociedade se julga pelo estado de suas prisões.”
Albert Camus
Teu medo na cela de meu medo.
Tua asfixia na cela de minha asfixia.
O carcereiro fechando os olhos
apagando, acendendo, apagando,
Fósforos sem cabeças
e nossos corpos escravizados
pelo ai que apenas abrasa,
como em um jogo de dores
onde nada sai e nada entra.
Tua mão nas grades de minhas mãos.
Tua solidão nas grades de minha solidão.
Preguntavas por tua mãe falecida
e tua mãe fugia na direção do poente.
Não sei porque pensas tu,
recluso que te odeio eu,
se somos a mesma coisa,
o mesmo silêncio, eu, tu.
Tua asfixia na cela de minha asfixia.
Teu medo na cela de meu medo.
Algumas vezes era o carcereiro;
outras, o recluso. Intercambiando
limites, estados em que se encontra
a prisão.
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Página publicada em junho de 2023
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